Feedback: o que fazer nesse momento decisivo

Momentos decisivos são oportunidades que podem ser aproveitadas para se conhecer pessoas, gerar negócios, e aprender coisas novas.

Treinamento SOAP
13/07/2016
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Momentos decisivos são oportunidades que podem ser aproveitadas para se conhecer pessoas, gerar negócios, e aprender coisas novas.

Conversa de feedback é uma dessas oportunidades. Se mal conduzidas, essas conversas podem trazer rompimentos, mágoas e ressentimentos. Se bem planejadas e direcionadas em sua comunicação, elas se tornam um presente para quem ouve, uma oportunidade de crescimento.

Conversas de feedback têm tudo para ser uma grande fonte de aprendizagem e, por consequência, de desenvolvimento pessoal, tanto para quem dá quanto para quem recebe.

Neste post, você vai entender o que é feedback, por essa prática ser importante e dicas para acertar na comunicação, tanto na hora de dar como para receber essas devolutivas. Acompanhe para saber mais!

O que é feedback e para que ele serve?

O feedback nada mais é do que uma conversa, individual ou coletiva, na qual é dado um retorno sobre a performance de alguma coisa. É possível também usá-lo para oferecer a um profissional, por exemplo, reconhecimento pelo seu trabalho, ajudando a deixá-lo ainda mais motivado.

O feedback também pode apontar pontos de melhora ou questões críticas e falhas que estão atrapalhando o andamento de um trabalho ou projeto. 

Nesse caso, é importante que a conversa seja respeitosa e que o objetivo, seja abordar os erros com o intuito de aprimorá-los, e não como uma crítica vazia que afete a confiança do profissional.

Qual é a importância do feedback?

Seja positivo ou negativo, o feedback é um sinal de maturidade e uma excelente oportunidade para que profissionais tenham mais informação da qualidade do seu trabalho. 

Por meio dessa devolutiva sobre seu desempenho, as pessoas têm a chance de melhorar pontos fracos e desenvolver habilidades.

O feedback positivo é vantajoso por fazer com que pessoas se sintam mais produtivas e engajadas com a empresa. Afinal, todos gostam de saber se estão trilhando o caminho certo e se seu trabalho está rendendo bons frutos para o negócio.

O que ter em mente na hora de dar ou receber feedback?

Dar ou receber feedback pode parecer ser difícil, ou sensível para algumas pessoas, mas quando se aposta nas estratégias certas, essa conversa é extremamente vantajosa para todos os envolvidos. Acompanhe nossas dicas.

Dando feedback

1. Não ache, sinta.

Feedbacks que já começam com um “acho que você…” seguido de adjetivo tendem a não terminar bem. Se uma pessoa está sendo irresponsável, descomprometida, ineficiente, isso sempre será uma percepção e nunca um fato.

Mas trocar a palavra “acho” por “percebo” também não resolve o problema, pois, no fundo, ao adjetivarmos as atitudes das pessoas, estamos emitindo julgamentos.

Muitas vezes, sem nos darmos conta, nossa mente emite rapidamente um julgamento sobre algo que vê, até como um mecanismo de organização e classificação das coisas à nossa volta.

No entanto, como diz o psicólogo PhD americano Marshall Rosemberg, para uma comunicação empática, devemos buscar silenciar esse julgamento interno para nos concentrarmos primeiramente em escutar, observar e entender as reais necessidades do outro.

2. Traga exemplos

Se no feedback é você quem começa a falar, fale do que já observou e comente sobre fatos, coisas objetivas. 

Muito diferente de dizer que a pessoa anda se atrasando muito, por exemplo, é colocar que nos três últimos dias, você observou que ela chegou 30 minutos depois do horário combinado.

Por isso, é importante praticar essa atenção no dia-a-dia. De nada adianta querer ter uma boa conversa de feedback se você não fez a lição de casa de observar bem o comportamento da pessoa antes da conversa.

Mas na correria em que vivemos, é tão fácil esquecer o que observamos, não é? Então, anote! É importante trazer percepções de outras pessoas, mas, antes de tudo, você precisa ter como base a sua observação.

3. Sente na cadeira do outro

Colocado seu ponto de vista, agora é preciso que você coloque em prática a comunicação empática que falamos acima, partindo de uma escuta atenta que o possibilite reconhecer as necessidades e sentimentos do outro.

Em uma conversa difícil, como um feedback, sempre há a possibilidade de expressão de raiva por parte daquele que recebe o feedback.

Ao invés de demonstrar culpa, pedindo perdão, dizendo “que tolo eu fui, deveria ter sido mais sensível”, procure virar o foco para aquilo que a pessoa necessita e nos pede ao expressar aquela raiva. Por exemplo: “quando diz que sou rígido, imagino que queira mais flexibilidade em seus horários de chegada, é isso?”

Esse artigo reúne um guia essencial da prática da comunicação empática, também conhecida como CNV (Comunicação Não-Violenta), desenvolvida por Rosenberg, e que recomendamos para uso em feedbacks.

Recebendo feedback

1. Sinta. Mesmo.

Em nossa sociedade, sentimentos muitas vezes são entendidos como sinônimo de fraqueza. O resultado é que acabamos conhecendo pouco sobre eles, fazendo nosso repertório se reduzir a expressões como “sinto um troço no peito” ou “sinto como se você me odiasse”.

Nos dois casos não há nenhuma descrição efetiva de sentimento. No primeiro, falamos de uma sensação física inespecífica e no segundo falamos de um pensamento seguido de um julgamento sobre o outro.

Talvez fosse mais exato falar em “me sinto angustiado” ou “me sinto triste quando você fala sobre os constantes atrasos”.

Por isso, é importante consultar aquilo que sente de verdade quando recebe o feedback. Se não há clareza no momento, coloque isso de forma honesta a seu interlocutor e peça um tempo (não muito) para elaborar o que sente e trazer um retorno, sem julgamentos e expressões de culpa.

2. Pergunte

Procure entender verdadeiramente que pedidos há por trás daquele feedback recebido: “que horário exatamente você precisa que eu chegue?”

Traga esses pedidos à consciência e os registre de forma específica: “você precisa que eu chegue sempre no máximo até 10 minutos antes do horário marcado da reunião, é isso?”

A partir daí, trace os acordos, diga se está tudo bem mesmo ou se há ressalvas e impedimentos. Formalize esses acordos. Um e-mail de alinhamento pós-feedback é bem-vindo e se partir de uma iniciativa sua, melhor ainda.

3. Sente na cadeira do outro

A empatia é um exercício de conexão que parte das duas pessoas envolvidas na conversa. Envolve mais ouvir do que falar. Se você está na posição de receber o feedback, tem uma grande oportunidade de entender muito sobre essa pessoa com quem trabalha, seu estilo e, principalmente, suas necessidades.

Pratique a escuta atenta, evite julgamentos precipitados e consulte esse artigo sobre a comunicação empática que, se bem desenvolvida, fará com que as próximas conversas de feedback sejam, como diz Rosenberg, “oportunidades de enriquecer a vida de alguém. ”

Por que a criação de uma cultura de feedback traz vantagens para a empresa?

Muito se pensa no feedback exclusivamente como em um processo em que um gestor compartilha suas impressões sobre um profissional. Isso faz com que, para muitos, essa conversa seja um momento de tensão, no qual a pessoa está sendo avaliada e criticada.

No entanto, isso não precisa ser assim. Em primeiro lugar, vale a pena estimular uma cultura do feedback, no qual as equipes recebem, mas também são convidadas a dar feedback sobre a empresa e seus gestores.

Essa iniciativa promove um ambiente de diálogo e abertura. Contanto que seja feita de forma respeitosa, o feedback tem muito a oferecer para todos. 

Empresas e gestores podem não observar oportunidades, gargalos e falhas sérias nos negócios que podem ser apontadas pelos seus colaboradores, uma vez que essas pessoas têm espaço para se manifestar livre do medo.

O resultado é um ambiente de trabalho saudável e maduro, no qual esse diálogo empático contribui para que as pessoas colaborem com mais harmonia e coesão.

Nesse ponto, o papel do líder é crucial para a cultura do feedback. Um líder que sabe se comunicar com clareza e efetividade, aposta no feedback contínuo, positivo e construtivo, consegue engajar sua equipe e manter altos níveis de produtividade. 

Além disso, o clima organizacional tende a melhorar, o que faz com que o trabalho flua com maior facilidade. O feedback e a escuta ativa são formas de melhorar a comunicação no ambiente corporativo e, consequentemente, potencializar o entrosamento entre equipes e o desenvolvimento de talentos.

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Tags: apresentações corporativas, apresentações profissionais, momentos decisivos

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